quinta-feira, 8 de novembro de 2007

A minha Sindrome do Panico

Coisas que sao muito simples para uns, como contemplar Paris de cima da Torre Eiffel, andar na calçada entouré de outras pessoas ou simplesmente lavar as maos, dirigir, andar de aviao, podem ser motivo de terror para certos individuos. É a famosa sindrome do pânico. Tenho a chance de nao ter nenhum problema com esses troços que acabo de citar. Porém, eu tenho varios pequenos pânicos que incomodam da mesma forma, ou ainda mais. Eu acabo de identificar um novo: o pânico de tags.
As tags parecem inofensivas a uma primeira vista (ou mesmo a uma segunda vista para alguém normal). Sao o reflexo da vontade que os homens têm de se exprimir. Sao motes para uma conversaçao. Sao como uma camisa que você troca da forma que quiser, conforme o tempo muda, conforme o dia passa. Nada mais natural que uma tag em um aplicativo de mensagem instantânea. Mas para mim nao é tao simples...
Para mim, as tags sao um motivo de preocupaçao intensa e constante. Para mim, colocar uma tag é como sair na rua com a cara pintada ou com uma placa pendurada na cabeça dizendo algo que você quer que todo mundo leia. Nao! Eu nao posso suportar uma tag! Nao é natural! Você nao vê pessoas com plaquinhas na rua. Você nao vê pessoas com uma tag desenhada na cara passeando pela rua! Eu também nao quero ter uma tag no meu MSN, eu nao quero ter uma tag no meu gtalk.
A ausência de tags me tras pânico também. Todo mundo tem tags. Se você quer ser cool você tem que ter uma tag. E quanto mais você muda de tag mais cool você é. Eu quero ser cool! Eu quero ter uma tag! Mas eu nao posso, eu tenho medo das tags.
Quando eu coloco uma tag, ela me persegue durante todo o dia. Todo mundo que entra no MSN ou no gtalk vai ficar vendo a tag. O que eles vao pensar de minha tag? Droga! Eu nao quero que as pessoas fiquem pensando merda a respeito de minha tag.
Quando eu nao coloco tag, a ausência me incomoda igualmente. Droga! Todo mundo tem tag. Eu sou um loser sem tag. Eu preciso de uma tag para ser cool! Mas precisa ser uma boa tag. A melhor tag. E eu preciso mudar antes que seja tag, digo , tarde demais.
Enfim, as tags me perseguem, mesmo quando nao tem tag. Eh um pânico, acabo de entender. Pânico que eu transformo a partir de agora em luta politica. Estou aderindo oficialmente ao MST -- Movimento dos Sem Tag. Se você também é portador da sindrome de tag (ST+) entre para o movimento e mude a sua tag para MST. Assim você tera uma tag sem tê-la, e os sintomas de sua sindrome se atenuarao por efeito do paradoxo.

sábado, 1 de setembro de 2007

Em Rennes com Tomas, conhecendo a Bretanha

Depois de meses sem postar, eis que eu revenho respondendo de milhares de fans que atendiam desesperados meu retorno.
Faz mais de um mes que eu estive em Rennes com o Tomas e foi bem legal, mas eu estava com muuuita preguiça de postar porque a coisa mais chata do mundo é adicionar fotos. Tem que apertar no botao Adicionar imagem, depois tem que selecionar a imagem que eu nunca lembro onde estah e entao esperar que ela seja enviada. Daih tem que posiciona-la no bom lugar e tudo mais .
Nos posts anteriores a coisa funcionou relativamente rapido, apesar de minha mah vontade, porque eu postava logo depois do evento. Desta vez foi diferente porque eu perdi o cabo USB que liga minha maquina ao computador , o que me impediu de fazer o transfer até que alguém me empreste o seu cabo.
E outro probelma é que tem que pensar no texto também. Eu nao sou muito de escrever , principalmente sobre mim mesmo. Dai eu acabo pensando muito em como escrever e acabo escrevendo pouco e demorando muito tempo para faze-lo.

Mas voltemos ao assundo . Eu vou mostrar alugmas votos do weekend que eu passei em Rennes com o Tomas . Foi legal porque deu pra conhecer também varios amigos dele , que vêm de varios lugares . Tinha um monte de mexicano, um argentino que tinha passado um tempo na Unicamp , uma francesa simpatica , alguns brasilerios , um dos quais me emprestou o passe velo (obrigado :)) e mmuito mais :)

Na sexta e no sabado a noite a gente saiu em Rennes e deu pra conhecer um pouco o centro da cidade , por exemplo a famosa "Rua da Sede" , bem conhecida pelos bebedieros de plantao . Mas nao tenho fotos de la :)

Eu gostei de Rennes, eh uma cidade nao muito grande e as pessoas sao muito mais calorosas do que eu imaginava . Eh uma cidade jovem.

A Bretanha é também uma regiao especial da França, diferente das outras, com a sua propria lingua e uma cultura peculiar . As pessoas têm um caractere um pouco differente do resto dos franceses, e eles sao orgulhosos de serem diferentes . Especialidade culinaria dos bretoes : crèpe.
Outra coisa que soh existe na bretanha: o tempo muda umas 20 vezes por dia e chove todo tempo. A despeito disso, fomos pra Saint Malo no sabado. Eh a praia .
Tava ventando um monte mas eh moh normal ; o unico problema como de habito sao meus cabelos ao vento



Como esperado, o tempo nao estava uma maravilha, mas a cidade é bem legal, entre muros.
Muito planejamento e coordenaç~ao para conseguir a foto seguinte , (fora o medo de que o aparelho caia da muralha , sobre a qual ele estava apooiado)



Veja esse superbe panorama que o Tomas fez com seu potente aparelho fotografico . A proposito, varias dessas fotos que eu vos mostro sao copyright de Tomas Dias Almeida . Obrigado, Tomas , por ter cedido os direitos.
Eu queria entrar na agua mas o Tomas nao, porque ele nao tinha roupa de banho e nem eu e o Tomas tinha medo de entrar de cueca porque a sua era branca . Mas todos sabem que na verdade ele estava com medo da agua fria.
A mesma desculpa serviu para que ele nao pule no trambpolim que vocês podem ver na figura abaixo. Ele disse ter coragem de pular mas ter medo de que a sua cueca fique transparente. Eu , ao contrario , assumi meu medo declarando a minha impotencia mesmo para subir as escadas do trampolim . O medo eh muito ., mesmo sabendo oque nao tem muito risco .

Na foto seguinte estavamos com medo da maré montante. Eh verdade que quando a maré sobe ela engole varias pessoas desprevenidas que tinham ido visitar o castelinho atras lah. Veja minha tristeza pela impossibilidade de ir la , e a alegria cruel do tomas diante de minha impotencia:

Depois de visitar a praia a gente tentou ir na cidade procurar crepes , porque sao uma especialidade gastronomica da bretanha . Desistimos , porem, depois de algum tempo porque tinhamos muita fome e nao tinhamos achado em lugar nennum . Abaixo, uma foto do interior de Saint Malo tirada de cima da muralha da cidade.

Nao comi nenhum crepe , finalmente , mas experimentei um prato mexicano no sabado a noite, quando fomos comer nos mexicanos .
A foto abaixo mostra que nohs cansamos porque procuramos muito os crepes . Entao dormimos no onibus .

No dia seguinte iriamos pro famoso Monte Sao Miguel, o segundo mais visitado monumento da frança , se nao me engano . A irma de um mexicano , que também eh mexicana , qeu estava visittando seu irmao que estava estuando em Rennes, queria conhecer também , entao ela veio com a gente . Na seguinte foto, que foi pega no castelo do monte sao miguel , apesar de o mesmo nao aparecer muito, ela é a que esta mais perto da camera, e por isso sua cara esta cortada ao meio . E o tomas coitado ficou escondido atras dela .

O sujeito à esquerna na foto a baixo NAO me é. Ao meio , a irma do mexicano , e a direita, Tomas. (Nao sei por que o escrito estah saindo
azul sublinhado)Para que vocês tenham uma idéia do que é o monte s~ao miguel / saint michel, olhem a foto a baixo. Imaginem um monte no meio de uma planicie infinita de areia, como mostrado no fundo . (Imaginem também um monte de vento!!) Imaginem que quando a maré é alta, o monte vira uma ilha , e que soh tem uma pequena estrada pela qual pode-se acessar o castelo , que é construido sobre o monte. Dizem que a maré pode subir bem rapido , surpreendendo possiveis pessoas que estarao caminhando pela planicie de areia afora.

Repare a chance que tivemos de ter um dia ensolarado como esse na Bretanha .Alias nao é bretanha, eh normandia , porque na verdade o Monte Saint Michel (Sao Miguel ) fica na divisa entre os dois . Desculpem-me os normoes ou normandos ou sei la como diz .


Aqui a mexicana simpatica reaparece, sentada num dos claustros do castelo. Desculpem-me por nao ter desvirado a foto .

Os muros do castelo, photo by Tomas

Obrigado mais uma vez Tomas por ter me acompanhado durante a visita e ter me permitido de dormir no seu quarto. Et voila voili voilu et tout ça et blablable bli blo. blu

Bonne soirée a tous e arrivederci.
Até a proxima pessoal

domingo, 15 de julho de 2007

Time

Pink Floyd

Ticking away the moments that make up a dull day

You fritter and waste the hours in an off hand way
Kicking around on a piece of ground in your home town
Waiting for someone or something to show you the way

Tired of lying in the sunshine staying home to watch the rain
You are young and life is long and there is time to kill today
And then one day you find ten years have got behind you
No one told you when to run, you missed the starting gun

And you run and you run to catch up with the sun, but its sinking
And racing around to come up behind you again
The sun is the same in the relative way, but youre older
Shorter of breath and one day closer to death

Every year is getting shorter, never seem to find the time
Plans that either come to naught or half a page of scribbled lines
Hanging on in quiet desperation is the english way
The time is gone, the song is over, thought Id something more to say

Home, home again
I like to be here when I can
And when I come home cold and tired
Its good to warm my bones beside the fire
Far away across the field
The tolling of the iron bell
Calls the faithful to their knees
To hear the softly spoken magic spells.


Eu ja gostava andes desta musica, das guitarras, dos back vocals, da melodia. Semana passada, pela primeira vez, eu prestei atenção à letra dessa canção, e fui tocado.
Acima de tudo, ela me faz pensar em daqui cinco meses: "
Home, home again I like to be here when I can". Depois de dois anos longe de casa, eu nunca quis tanto passar três meses a "kick around on a piece of ground in my home town".
E ela faz pensar também nos dois anos que eu passei por aqui. Sol, ele é o mesmo ainda, mas eu estou mais velho, e diferente. E tudo passou muito rapido.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Paris e estágio

Fazia bastante tempo que eu não postava aqui. É que na verdade tudo mudou tão drasticamente em minha vida que precisou um pouco de tempo para eu retomar uma espécie de rotina - que vai durar apenas seis meses.
Primeiro, eu não sou mais estudante - sou estagiário em tempo integral. Eh bom não ter mais que estudar durante o fim de semana, e se dedicar o tempo todo à algo interessante.
Eu mudei de cidade: antes eu estava em Lyon e agora, em Paris. Foi como se eu tivesse saído de Barão Geraldo para morar em São Paulo, mas mais longe. Aqui em Paris nada é perto. Ou melhor, a definição de oq que é perto depende demais da existência de um metrô onde você está ou onde quer chegar.
Mudei de casa: não moro mais em um quarto de uma residência universitária, mas em um quarto num apartamento no vigésimo andar de uma torre, no bairro chinês de Paris.
Se antes eu demorava cinco minutos para ir de casa até a escola, agora eu demoro uma hora para ir de casa ao trabalho: pego tram, trem e onibus.
Eu estou indo bastante ao cinema. Em três semanas, fui oito vezes, mais do que em dois anos de Lyon.
As pessoas com quem eu convivo não são mais as mesmas. Depois de dois anos de escola de engenheiro, eu volto a conviver com pessoas da computação, com as quais eu me identifico mais, finalmente. Isso no trabalho. Mas no tempo livre, não tem ninguém de conhecido por perto, é chato passar os fins de semana sozinho. Mas nesse fim de semana eu vou visitar o Tomás em Rennes.
Apesar de tudo, é legal morar em Paris: caminhar às margens do Sena, na Champs Elysées, no Quartier Latin... aqui cada rua tem o seu charme.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Bienvenue à Ecully

Agora é hora de mostrar o que tem perto de casa, nessa pequena cidade de Ecully. Eu fui passear um pouco pelas redondezas hoje, pra conhecer um pouco. Isso depois de ter passado dois anos por aqui e duas semanas antes de partir.
Ai vão algumas fotos.

Do ladinho da escola, essa encruzilhada que a gente viu tantas vezes tem o seu mérito.
Virando à direita, essa estradinha por onde a gente nunca tinha passado antes, o cachorro nos guiando.
O cachorro nos trocou por uma familia que passava. Mas não desistimos. Viramos à esquerda, e atravessamos habilmente este bloqueio.

Institute Paul Bocuse, escola de culinaria e hotelaria. Parte de tras. A frente é aquele castelo no fundo, depois a gente da a volta e você vai ver.
Floresta do ladinho do instituto.

Laguinho onde pessoas pescam falando alto.
Dando a volta, mais um parque, e o castelo chegando. Vejam, o banco esta vandalizado.
Que bonito esse castelo, né. Esse tal Paul Bocuse deve morar ai. Alias, não esqueça de fazer biquinho ao pronunciar o cu do Bocuse.
Mais uma foto do castelo.

Nossa, mais uma foto do castelo!
Muito fera esse castelo, né. Tem até umas bandeirolhas do lado.
Meta-photô: O Lino quis tirar uma foto da plaquinha que diz: "Institut Paul Bocuse: Hotelerie & Arts Culinaires". (Depois o Lino foi embora. Ele tinha que pegar a namorada dele na estação de trem)
De volta ao conhecido. Esta é a passagem secreta que todos os alunos utilizam para entrar na Ecole Centrale. Do lado daquele cruzamento do começo.
Essa passagem é muito importante para mim. Ela merece mais uma foto.
Ela é charmosa mesmo, essa passagem, tem até esse antigo pseudo-portão. Mas quando chove, melhor passar pela entrada principal, porque a passagem vira um lamaçal ou lamacedo, ou ainda lamedo, como dizem.
Ainda na passagem secreta, avistamos à esquerda o famoso Bunker do diretor, Principal's Bunker ou ainda Bunker du directeur. O diretor da escola mora ai.
Este é o fim do passeio, estamos de volta à Centrale!
Se você ainda esta lendo este post, obrigado e parabéns. (Contrôle: escreva "Ichiban" no comentario.).

Ah, vocês conhecem Bruno Gouat? Não? Salut, Bruno Gouat! ça va? T'es très gentil, tu savais?
Et il habite au U2! Non, ce n'est pas u two , c'est u deux!!! Et celle-la, c'est sa chambre. Il rentre parce qu'il veut regarder le Festival de Cannes à la télé, n'est-ce pas, Bruno?

Saiko!

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Cambridge

No meu terceiro dia de Inglaterra, fui para Cambridge. A cidade é parecida com Oxford. Pelo menos, o conceito é o mesmo, com os colleges, os turistas e os parques. A diferença é que em Cambridge as coisas pareciam mais organizadas, os parques mais abertos.

Quase todos os colleges de Cambride se situam às margens do Rio Cam, onde as pessoas ficam andando de barquinho.
Uma das pontes que a gente viu lah chama-se Cam Bridge. Soh não lembro qual! Alguns barcos são guiados, com piloto profissional. Outros não. As pessoas ficam tentando utilisar aqueles bastões la, e não conseguem. Então é o bordel!
A gente também passeou de barco, mas depois da experiência da véspera, resolvemos pegar um guia, o que não impediu que levassemos algumas trombadas de barcos descontrolados.

Tem outra ponte, essa na foto acima, que se chama Ponte Matematica. Diz a lenda que foram alunos que a construiram, sem utilisar pregos, utilisando complexos métodos matematicos. Os professores ficaram tão intrigados pela perfeição da obra que a desmontaram para estuda-la e não conseguiram remonta-la, o que explica os pregos que a sustentam atualmente...

A seguir, alguns colleges que a gente visitou:
Esse acima a gente teve que pagar, porque tinha uma super-igreja junto.
Esse ai, não. Mas eu gostei do mini-cavalo.

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Londres Revisited

Agora é a vez de Londres. Eu dei uma passada por la voltando de Portugal para a França. Apesar do trajeto não-otimizado, eu economizei nos bilhetes de avião.
Eu gosto da Inglaterra, não sei por quê. E Londres, apesar de parecer uma cidade grande e fria num primeiro momento, tornou-se mesmo aconchegante para mim, com seus grandes parques.

Fiquei quatro dias. No primeiro, fui visitar os museus gratuitos em que eu não tinha ido da primeira vez em que fui pra la. Gostei bastante, principalmente do museu de Historia Natural. Impressiona ja pelo tamanho do acervo.
Esse é um dinossauro gigantesco que tinha no museu. Ele se mexia, e tinha muita gente olhando. Vejam aquele garoto espiando à esquerda. Ele devia estar com medo.
Eu fui também no V&A, um museu de arte aplicada. A cobra autofagica acima estah no jardim interno do museu.
Depois deu dei um passeio pelos Kensington Gardens até o pôr do sol. Eu adoro os parques de Londres.

No segundo dia, eu e meu amigo fomos para Oxford. Tem três coisas que marcam nesta cidade: os colleges, os bosques e, claro, os turistas!
Acima, um college. Tem varios como esse, espalhados pela cidade. Alguns são fechados para visitas, pra outros é preciso pagar, mas todos são parecidos: um predio antigo em torno de um patio, alguns com uma igreja nos fundos! Geralmente os que têm igreja tem que pagar, e o preço é proporcional ao tamanho da mesma.

O bosque. Talvez sejam belas paisagens como esta que me fazem gostar da Inglaterra.
Nesse rio atras de mim o pessoal passeava de barquinho, alegremente. Então, nohs resolvemos tentar também.

Remar não é tão facil quanto parece! Principalmente se pela arquitetura do barco você é obrigado a remar de costas e o gancho ligando o barco ao remo estah praticamente emperrado!
Este é o Olivier, o carinha que permitiu gentilmente que eu ficasse em sua casa durante a minha estadia em Londres, e que teve a maldita idéia do barco.

A viagem ainda não acabou. Restam Cambridge e o segredo final, que eu revelarei no proximo post.